Textos
ENTREGA
Bem sei que canto beirando abismos
Para onde minhas palavras rolam.
Só eu entendo a minha dança sem par
Rodando em torno de meu próprio eixo.
Sei que trago em mim o vazio,
O perdido mundo sem flores, sem cheiros,
Onde o mínimo vento expulsa o eco.
Assim numa imaginária dispersão
Me deixo fragmentar em infinita suspensão.
Otávio Coral
Enviado por Otávio Coral em 28/06/2006