DEVANEIO
Não quero a concha da realidade.
Não quero o néctar da certeza.
Quero apenas o vento como alimento.
Quero saciar minha sede com o anoitecer.
Quero a paz das pedras silenciosas
Assim como a verdade das nuvens.
Quero me esquecer no antro da floresta.
Quero me abandonar ao sabor das ondas.
Não quero caminhos lógicos.
Quero todos os destinos ignotos.
Otávio Coral
Enviado por Otávio Coral em 09/03/2010