Textos
DEVORA-ME
Sob o clarão geométrico
das luzes acantonadas
devora-me.
No fundo cristalino
das águas sussurrantes
devora-me.
Dentro da espiral infinda
da volúpia incontida
devora-me.
Por entre perfumadas orquídeas
dos jardins crepusculares dos corpos
devora-me.
Otávio Coral
Enviado por Otávio Coral em 12/06/2005