DIVA
Aquela mulher que passa
é feita da areia de várias épocas.
Tem o doce olhar vagante
das primogênitas do velho Egito.
Seu caminhar determinado
é o de passos que conquistaram mundos.
Seus gestos simplificados
dissolvem-se como pétalas em cor.
Sua voz pressentida
é como o som eólico da harpa.
Assim é a mulher que passa.
Um elo entre a realidade luminosa
e a fantasia inesgotável do poeta.
Otávio Coral
Enviado por Otávio Coral em 20/09/2010