OTÁVIO CORAL
Quem será que mora em mim?
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DESVENDAMENTO

Eu não busco razões
tampouco certezas abruptas,
quero tão apenas o plausível,
sensação de proximidade terna.

Eu  não me adentro
por desfavoráveis pretensões
nem por caminhos inexatos.

Pela fresta da porta vermelha,
quero sim, me permitir entrar,
dar meus passos intimoratos
por entre efêmeras teias condicionais.

Pelos meus silêncios assinalados
desfaço minhas contenções,
remedeio minhas euforias.

Eu quero que minhas palavras
criadas de ternura fortuita
penetrem poros sensíveis,
invadam fíbrias remotas.

Eu quero que não haja fim
no desmedido mergulho ardoroso
onde me abandono em mil sentires!
Otávio Coral
Enviado por Otávio Coral em 24/10/2013
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