DIVA
Aquela mulher que passa
é feita da areia de várias épocas.
Tem o doce olhar vagante
das primogênitas do velho Egito.
Seu caminhar determinado
é o de passos que conquistaram mundos.
Seus gestos simplificados
dissolvem-se como pétalas em cor.
Sua voz pressentida é como
o som eólico da harpa.
Um elo entre a realidade luminosa
e a fantasia inesgotável do poeta.
Assim é a mulher que passa!