RESPLENDOR
Do momento súbito abriu-se a flor,
explosiva em cores fascinantes,
tal como a prima aurora.
Do abismo soergueu-se o grito
pleno de sonoridade,
tal qual uma ária de Bach.
Do negror absoluto do mar revolto
sobressai luminescente raio,
escamas prateadas de um fictício peixe.
Da origem atemporal das coisas
catapulta para a existência formal
um embrionário magma incolor.
Dos confins imprevistos do porão do futuro
emerge para a infinita abóbada
uma gigantesca onda ancestre.
De repente, não mais que de repente
em tudo faz-se a calma!
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